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Uma comédia leve, um drama envolvente. O filme “O Terminal”, do aclamado diretor Steven Spielberg, apresenta uma obra capaz de envolver-nos a todos, e especialmente, neste tempo, em que a situação mundial nos “obriga” a viver um isolamento dentro da própria casa, esta obra nos traz reflexões interessantes a respeito da nossa condição a atual, de como estamos vivendo, e como podemos aproveitá-la da melhor maneira, tomando as rédeas. Victor, o protagonista, soube viver uma situação de confinamento, no seu caso não na própria casa, mas no aeroporto de Nova York, apesar de todas as dificuldades que encontrou, de forma exemplar e criativa. Podemos dizer que aquele lugar de passagem, virou de uma hora pra outra sua própria casa, e os trabalhadores daquele lugar, sua família.
No desenrolar da história, ele aprende melhor a língua, aprende a conseguir comida, consegue um emprego, faz amizades e arruma até uma namorada! Motivado por uma promessa feita a seu pai, o protagonista não desiste de esperar, ainda que meses, por uma oportunidade para cumpri-la. Sua persistência e resiliência são invejáveis, mas também sua grande caridade.
Aos poucos, não só as pessoas do terminal, que inicialmente são tão arredias a ele, mas também nós, expectadores, vamos descobrindo um pouco mais do personagem. Algumas situações em que ele se envolve, como a cena “medicina para bode”, em que ele ajuda um homem que pretendia levar medicamentos para seu pai moribundo, ou outra em que se apresenta capaz renunciar sua promessa para que os seus recentes amigos não sejam prejudicados, revelam seu caráter e solidariedade, nos fazendo cada vez mais simpatizantes dele, e torcedores por um final que faça juz a ele.
Depois de ver o filme, algumas indicações para a oração:
Estamos vivendo um tempo de confinamento, de isolamento, de distância social. Nos sentimos quase que presos e obrigados a entrar em nós mesmos e olhar para dentro de nossa “casa”. Nossa casa, família. Nossa casa, e mundo interior acaba sendo revelado. A ambientação desse filme, nesse sentido, nos faz um questionamento: Até que ponto tenho consciência de que minha existência é uma “passagem”? E minha casa, um “Terminal”?
Muito se ouve hoje em dia “vai passar”, “tudo passa”... Mas, enquanto passa, o que eu faço? Assisto a minha vida, sentado como num banco de aeroporto vendo pessoas irem e virem? Que Deus nos ajude para que este olhar quase que obrigatório para dentro de nossas casas, nos cause ao menos uma santa “inquietação”.
Partindo da consciência que temos de que todos estamos neste mundo de passagem, e que nossa própria casa é nosso “terminal”, algo nos motiva a continuar e não desistir: a certeza de uma missão gerada pelo amor.
Aos poucos, em nossa vida, vamos descobrindo a importância de “gastar” tempo com as pessoas que Deus nos colocou ao lado, pessoas que amamos. Em momentos de solidão, em que nos sentimos de alguma forma “presos” em determinada situação, é a existência de pessoas que nos amam e que amamos que nos motivam a perseverar no caminho.
E Deus, na pessoa divina de Jesus, que nos ama mais do que a qualquer pessoa, se apresenta a nós como o amigo por excelência. Experimentando a humanidade, e mais do que isso, a dor profunda da solidão no Getsêmani, Jesus é capaz de estar ao nosso lado, também como anjo consolador, nos revigorando a esperança.
Que saibamos convidar Jesus a estar conosco, para que nosso olhar para nossa “casa interior” não nos deixe cegos a tantos passageiros que caminham ao nosso lado, principalmente aos que mais sofrem, aos que não têm um lar, aos que não têm para onde ou para quem voltar, pois as condições injustas da vida e da sociedade os fizeram perenes caminhantes.
E sejamos gratos, pela vida, pela família, pela casa, e pela viagem que se constrói a cada dia.
Convido a rezar uma passagem da Sagrada Escritura que se encaixa bem com este pequeno filme, e tê-la em mente nos próximos dias. Talvez escrevendo o trecho que mais lhe tocou em uma folha e pendurá-la em um local de passagem ou estratégico da casa.
“Meu coração ardia-me no peito e, enquanto eu meditava, o fogo aumentava; então comecei a dizer:
Mostra-me, Senhor, o fim da minha vida e o número dos meus dias, para que eu saiba quão frágil sou.
Deste aos meus dias o comprimento de um palmo; a duração da minha vida é nada diante de ti.
De fato, o homem não passa de um sopro.
Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela.
Mas agora, Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti.” (Salmos 39:3-7)
Jesus, nosso companheiro de viagem,
Olha para nossa condição: você também foi preso!
Olha para nosso coração: você também se angustiou!
Nos ajude a não deixar que a vida passe simplesmente,
mas que uma Santa inquietação nos inspire a desejar mais;
e a não nos conformarmos com as injustiças
que acontecem enquanto a vida passa.
E somos gratos pelo lar, pela família,
pelo Seu amor que nos envolve.
Amém.
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